terça-feira, 19 de maio de 2015

Quando o privado se torna público...

Por: Jornalista Damião Flávio Silveira  

“Quanto mais tento entender o ser humano, mais admiro os animais”. Escutei essa frase outro dia e confesso que no primeiro momento não concordei. Fiquei a indaga-me o porquê de tamanha ou esdrúxula comparação. 

 Bem, essa semana, ou melhor, nesses dois últimos dias eu procurei de todas as maneiras entender o ser humano. Os últimos acontecimentos me fizeram se sentir impotente, incapaz de defender amigos que mesmo se não fossem meus amigos não mereciam tamanha covardia. Daí pergunte-me: até que ponto o desejo de ver o mau do próximo pode ser tão  prazeroso? 
 

 Nada de entrar no mérito de questões. Detenho-me único e exclusivamente as atitudes humanas que teimo em não comparar com os animais. De fato, seria uma comparação injusta. Porque os animais não têm o mesmo raciocínio do ser humano, mais o ser humano às vezes tem raciocínios de animais juntados ao seu próprio raciocínio. É como se eles pensassem por si, pelos animais, e usassem os seus extintos exclusivamente para satisfazer os seus prazeres, em outras palavras, zombar, rir alto, mangar, debochar ou simplesmente se lixar para a vida do próximo.   
 

Ninguém é tão puro que nunca tenha errado. Ninguém é tão mau que não consigo enxergar uma situação constrangedora como algo que afeta diretamente a vida de quem está envolvido. Sendo mais claro, tem horas que não dá para entender o ser humano. 
 

Filosofias a parte, é melhor rever os meus conceitos com relação ao danado do ser humano e pedi desculpas às pobres criaturas irracionais (animais). 
 

Na prática, os amimais respeitam o habitat natural do outro. Sendo mais claro, o porco gosto de viver na lama. Já o jacaré gosta de viver na água. Sabe o que é mais legal? Um não invade a casa do outro. Se o porco não for até a casa do jacaré ele nunca será atacado e se o jacaré não for até a casa do porco ele não irá se sujar. 
 

O prazer de invadir a vida do outro é exclusividade do ser humano. Ele necessita disso, é como se a desgraça do próximo significasse a minha vitória. É típico do ser humano, ou melhor, dos que dizem ser humano. 
 

Não sou santo, nem tenho características suficientes para chegar a tal posto, apenas acredito que a vida pessoal das pessoas não diz respeito a mim. De nada me interessa saber que fulano amo sicrano, que gosta de beltrano, que não gosta de ninguém. De nada me interessa saber que fulano vive de aparência com sicrano e usa a vida do outro ou uma imagem em evidencia para se cobrir no lençol alheio. Bem, antes que seja mal interpretado, quero apenas dizer que a vida do seu vizinho não diz respeito a mim e nem a você. 
 

Ser um homem público não significa que tudo, principalmente o vida pessoal deva ser publicizado, principalmente quando não se tem autorização para tal. Publicizar a vida pessoal é algo que deve partir único e exclusivamente da própria pessoa. Ou alguém já chegou a ver o rosto do filho da Sandy, irmão do Junior, filha do Xororó? Nem precisa dizer que é uma opção dela, afinal a cantora é a Sandy e a única coisa que ela deve fazer é cantar e animar seus fãs. 
 

Antes de comemorar a possível derrota do outro é preciso pensar mais longe. Sabe por quê? Porque as pessoas que hoje rir, amanhã, depois que a poeira baixar você irá pensar: Os fins realmente justificam os meios, mais o que eu não contava era que no meio havia uma coisa chamada família que possivelmente devo ter causado um mal irreparável.