quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Porque o jogo só termina quando acaba



Não dá para subestimar o resultado da última eleição, isso é um fato. O grupo político ligado ao ex-prefeito Neto Estevam comemoram o resultado das urnas em Pereiro como se tivessem ganhado uma eleição para prefeito. Algo esperado, já que há muito tempo amargam derrotas e mais derrotas.
Não foi fácil para Neto e seu grupo engolir a derrota de 2012, tudo estava planejado para outros longos anos de governo. O Amar veio e estragou a festa dando assim um aperitivo a mais na política cansada e monótona dessa serra.
O fato é que o jogo está só começando, as eleições de 2014 não deve e não pode ser tratada como um retrato para 2016. É bom lembrar que o atual prefeito Amar deu apenas míseros 1.320 votos ao seu candidato a deputado Paulo Duarte em 2010. Enquanto o ex-prefeito Neto Estevam comemorava os 4.682 votos do deputado Mauro Filho. Foram 3.362 votos de diferença.
Chegamos em 2012, lá estava o mesmo Amar com 4.939 votos depositados nas mesmas urnas que há dois anos havia lhe negado a dianteira das eleições. Estranho? Não!
O momento é de cautela para o atual prefeito de Pereiro, mesmo amargando duas secas consecutivas; a escassez de recursos vindos do estado; a perseguição política de um grupo forte e agora a oposição do governo, ele ainda respira com tranqüilidade.
Não dá para acabar o jogo antes dos 45 do segundo tempo, o Amar tem mais dois anos pela frente, deve ser cauteloso, porém, juntar um pouco da sua bondade com a sua malícia. Deve ler pelo um menos um trecho do príncipe de Maquiavel “O líder deve ser temido, porém, amado”. Não dá para subestimar quem já foi vereador por quatro vezes, vice-prefeito por duas e agora prefeito. Ele deve ter as suas armas, é como uma coruja que observa e age na hora certa.
Com relação a sua administração não dá para fazer comparações. É bem verdade que o atual prefeito tem muito mais problemas do que o anterior. Não é verdade que sua administração é um desastre. Não dá para rotular desta maneira, afinal, os números da saúde e da educação, que são setores primordiais em uma administração deixam claro isso. Usar emissora de rádio para proferir calunia e difamações não parecem ser a melhor das estratégias para o momento.
Não há dúvidas que a oposição e a liderança do ex-prefeito Neto Estevam continua forte, afinal, eles tiraram quase 50% da votação de 2012. Agora, não é possível que os analistas políticos das calçadas queiram acreditar que o grupo do atual prefeito esteja morto. O peso da presidenta Dilma e a falta de organização no núcleo da campanha do atual gestor pode ter influenciado diretamente no resultado destas eleições de 2014. Neto viu isso, é esperto e raposa velha da política, se aproveitou do momento e fez um discurso agressivo atirando de qualquer jeito para ver no que ia dá. E deu certo.
O ruim do resultado destas eleições de 2014 para Neto foi o acirramento do processo. Amar ficou em alerta, sabe que tem que fazer ajustes e jogar o jogo que ele conhece muito bem desde os tempos em que se encostava ao ex-prefeito. Amar é humilde, diferente de Neto que viu o seu candidato a deputado nas eleições de 2010 levar quase cinco mil votos e subestimou a capacidade do seu futuro adversário. Resultado, Neto perdeu.
A política é ingrata, hoje posso ser herói, amanhã vilão. A questão é que Amar sabe disso, mas Neto passa a acreditar que nunca deixou de ser herói. Isso é ruim para que deseja voltar ao paço municipal e antes mesmo de enfrentar as urnas terá que enfrentar mais de 10 processo na justiça com nota de improbidade administrativa. O jogo não é tão fácil quanto se imagina.  
   Não dá para apostar no que vem pela frente, nem mesmo acreditar que eleição de deputado elege prefeito. Amar tem 780 dias a gozar da cadeira mais cobiçada da cidade. Neto tem apenas o dever de esperar e torcer para que Amar erre muito ou não seja candidato na próxima eleição. Apostas a parte, esperaremos o apito do árbitro desta partida, ou seja, o povo. 

Por: Jornalista Damião Flávio Silveira.

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