O destino São Paulo sempre foi à busca constante de irmãos que sonham a cada dia com uma vida melhor.
Quando os filhos de Pereiro ainda sonhavam em ir ao sul, uma família Pereirense pensava diferente, pra ser justo, não uma, mas duas famílias.
Confesso que na época eu ainda nem “era gente” e desde que comprei meu primeiro desodorante juntando moedas de troco de cigarros da minha vó, não pensei duas vezes em ir à mercearia do Zé Vaz e pedi a Birinha que me atendia: Por favor, quero um desodorante Beto Carreiro Word! Não cheirava muito, mas, para as moedas que tinha era coisa demais.
O rolo de fumo e a lata de querosene davam o cheiro do local e Zé Vaz fazia questão de dizer: Minhas filhas estão estudando, estão na capital.
Vim pra capital nessa época era coisa pra gente que tinha “as coisas”. Mas Sidneide Morais e José Vaz não pensaram duas vezes antes de mandar seus genitores para a busca de uma educação melhor. Quem ficou por lá se dedicou ao comercio, Jarbinhas e Jorge que o diga. Por falar em Jarbinhas ouvi dizer que sempre foi o queridinho das meninas. Rostinho bonito, conversa boa e o carisma que traz consigo até hoje.
O curso de Direito na UFC não conseguiu fazer com que uma das filhas de Sidneide e Zé Vaz seguisse a vida jurídica, o destino reservava outra missão para Jesilda Vaz. Após o matrimônio com o ex-deputado e professor Antônio Morais, Jesilda entrava na história como uma Pereirense que lutou pela educação cearense. O nascimento do colégio Integral, ícone da educação cearense dos anos 80 e 90 só foi possível graças a garra dessa pereirense de coração generoso. Na companhia de suas irmãs Jane Eire Vaz e Jeane Vaz, Jesilda simplesmente transformou a educação cearense em um só nome: Integral.
A verdade é que a família Vaz e Morais pregaram o nome na história do ceará, e mesmo diante de dificuldades que a vida teima em colocar no caminho de gente boa, ainda temos orgulho de passar pela Avenida Santos Dumont de Fortaleza e ver estampado o nome do colégio que traz consigo o sangue de Pereiro. Vale a pena andar pelos quatro cantos da capital e ouvir alguém dizer: estudei no integral. Pereirenses apaixonados como somos, retrucamos na hora: Esse colégio é de um povo lá da minha Pereiro.
Sentir orgulho do que fazemos, do que somos e da terra que nascemos deve ser algo constante em nossas vidas. Olhar para o irmão, estender a mão e se sentir parte da história faz bem para nosso coração. É por isso que Pereiro tem a certeza que ainda tem gente que luta, que ama, tem gente que traz consigo objetivos. O colégio Integral é um exemplo disso, é a mostra que sair de uma pequena cidade, sofrer as dificuldades de uma cidade grande e ainda lutar por uma grande causa não é missão fácil, principalmente quando essa missão leva o nome de educar.
Por: Jornalista Damião Flávio Silveira
Olá. Sou Cleide. Sou cearence mas hoje resido em Alagoas. Gostaria de manter contato com uma grande amiga de adolescência citada neste artigo: Jeane Vaz, irmã de Jane Eire e de Jesilda Vaz.
ResponderExcluirMeu e-mail é cleidevdantas@bol.com.br
Ops. Pensei que cairia em e-mail, e não em postagem pública. Solicito a gentileza retirar minha postagem.
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