SÉRIE EM HOMENAGEM AOS – 121 ANOS DE PEREIRO.
PEREIRO – TERRA DE GENTE QUE FAZ HISTÓRIA.
Marlinda e Vilaci |
Os óculos do passado mudou, o velho fundo de garrafa dar espaço a um óculos mais moderno. O cabelo já não está mais o mesmo, substitui o estilo anos 60 e dar espaço a uma mulher mais moderna. O jeito manso e o pensamento prévio daquilo que vão falar lembra duas figuras importantes da educação pereirense. Se chegarmos frente à Escola Virgílio Correia Lima e perguntamos por Marlinda Firmino e Vilaci Amorim, com certeza teremos como resposta: Elas não trabalham mais aqui, estão em casa, se aposentaram!
A aposentadoria muitas vezes significa parar, descansar, usufruir da vida após anos de dedicação a uma determinada profissão. Mas, com Marlinda e Vilaci não foi assim. Longe da profissão a qual se dedicaram parte de suas vidas, Marlinda e Vilaci têm em suas mentes momentos marcantes de uma vida dedicada a educação.
Formada em pedagogia e Ciências a professora Maria Firmino Bezerra, conhecida na terra que ela tanto prestou relevantes serviços como Marlinda, é uma mulher vencedora. Casou-se no final de sua carreira profissional, foi na Itália que encontrou o seu amado “Luizinho” a qual vive até o momento. A professora do Ovídio Diógenes da extinta CNEC, da Escola Estadual Antonieta Cals e Virgilio Correia Lima é conhecida pelo seu tipo calada, fala sussurrando e conselheira dos seus alunos.
“Estude meu filho, porque só assim conseguirá ser alguém nessa vida”. Foi na sala da Diretoria da Escola Virgilio Correia Lima que a professora Marlinda aconselhava um dos seus alunos. No semblante daquela mulher guerreira podia ser observar o desejo de sucesso e os conselhos de uma experiência que poucos profissionais tivera a honra de ter. Dona de um talento familiar invejável, uma devoção à igreja permanente e um sentimento por Pereiro discreto, capaz de parar para ouvir e falar apenas o necessário, Marlinda se destacou. Foi professora em varias escolas, foi diretoras nos maiores colégios, sejam eles municipais, estaduais ou até mesmo particulares. Foi mãe sem dar a luz, foi madrinha sem pedi a benção, foi heroína de muitos alunos, foi vilão de outros naqueles momentos de castigo, foi vencedora por merecer.
Ainda na Escola Virgilio Correia Lima outra professora ficava a observar seus alunos. Antes de ceder espaço à professora Marlinda, Maria Vilaci de Amorim dirigia a maior escola da cidade. Ir a Diretoria mesmo que fosse para levar um pequeno “carão” pelo mau feito do dia, era motivo para as pernas tremer. Vilaci era dura, não poupava o sermão que ia desde a apuração do acontecido até o conselho final. Filha de uma família que preserva valores morais e éticos, Vilaci aprendeu que não pode errar tanto quando se quer chegar ao objetivo desejado. A passagem pelo Ovídio Diógenes como voluntária fez com que essa professora de jeito duro se sentisse mais parte de nossa comunidade. Foi na escola da CNEC que ela conheceu grandes profissionais que logo se tornaria grandes amigos. Como Vice-Diretora da Escola Estadual Virgilio Correia Lima, seguiu o estilo de sua colega Vilani Borges, não tolerando desrespeito e nem “maucriação”. Vilaci não foi uma diretora da “palmatória”, foi uma diretora do diálogo. Ousou como poucos e viu a escola Virgilio Correia Lima começar a se modernizar. O antigo “grupo” como era conhecido pelos mais velhos, teve a organização administrativa, pedagógica e humana da professora Vilaci Amorim. Formada em Letras, conhece como ninguém o sentido das palavras, principalmente, da palavra educação. Vilaci mesmo depois de aposentadoria prestou serviços à secretária municipal de Educação, teve sua importância, juntando-se a grandes nomes como Marleide Feitosa, Carminha Almeida, Cacilda Firmino, Socorro Rodrigues (Cultura), Carlos Alberto Negreiros e tantos outros que ela teve o prazer de conhecer em anos de magistério.
Na verdade Marlinda e Vilaci se juntam aos grandes nomes que fizeram dessa terra um exemplo de superação e conquistas. Os ensinamentos desses grandes profissionais inspiram jovens que vivem diariamente a ensinar nossas crianças.
Que o livro de história possa ser completado, que na página educação de Pereiro possa ser inscritos essas duas personagens, porque se os nomes Marlinda Firmino e Vilaci Amorim não tiverem inseridos, estará faltando grande parte de nossa história.
Por: Jornalista Damião Flávio Silveira
ISSO MESMO...SÃO GRANDES NOMES....PARABÉNS ÀS DUAS
ResponderExcluirFazem parte da historia de Pereiro. Agradeço as duas por sua valorosa contribuição para a Educação de muitos dos jovens pereirenses.
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